terça-feira, 15 de julho de 2014

Tesouros.

[Fica aí a soundtrack do texto. Dê o play e leia!]
Tem gente que é assim... Inexistente, sabe?
        Dessas pessoas que movem um trem com uma palavra; pessoas que têm força por serem suaves. Pessoas que te alcançam onde você não foi alcançado, e que te exploram sem que você peça. Essa gente te descobre por inteiro, e não contam para ninguém que acharam o tesouro - ou que finalmente entenderam que não há tesouro algum.
        Essas pessoas têm anjos e demônios no olhar. Pessoas que te instigam a tentar, a observar, a colher informações antes de deduzir preceitos. Pessoas que se mostram vinte por cento e são muito, muito mais que cem. Dessas, que têm uns segredos bobos que todo o mundo tem - mas a maneira de preservá-los as torna únicas!
       Achei um desses. Desses que te fazem perder-se neles, entende? Desses que te convidam a viver. Fui explorada pelo sorriso - eu sabia que sorrir era perigoso, mas sorri pelo prazer de perigar. Fui raptada por ele; hoje, me encontro sob a melhor das custódias. E vim falar que todos vão passar por isso um dia - porque todos encontrarão os seus momentos, as suas pessoas.
Não dói! De verdade. É uma nuvem branca, e eu venho colorindo. Entende? Tenho a liberdade de me reinventar.
      A propósito: nos olhos dele, encontrei os anjos. Mas te confesso:
foi pelos demônios que eu fiquei.

Um comentário: