terça-feira, 4 de novembro de 2014

Desabafos.



Coração
largado,
chorosa eu
te escuto:
é assim
que acontece
o meu amor
astuto.

O meu choro
não visto
é só um
choro chulo:
e é assim
que eu faço
quando a ti
maculo.

Meu macular
latente
é como
o álcool puro:
é assim,
em chamas,
que é teu
porto inseguro,

Teu inseguro
porto
é como um
negro vulto:
se eu desisto,
nasce;
e se eu o quero?
Oculto.

E ocultar
é arte
na qual
teu peito
é culto:
se algo existe,
é negro;
se algo sente,
é vulto.