quinta-feira, 24 de julho de 2014

Cinema #2

Mais um post diferente!
("post diferente" lê-se como "post que sane a minha falta de criatividade").
Outro filme lindo que fala sobre amor - e outras coisinhas mais.

La délicatesse (A delicadeza do amor, após adaptação para o nosso idioma) é um filme francês, de 2011, caracterizado como drama, dirigido por David e Stéphane Foenkinos.
O "drama", na minha opinião, é bem sutil - porém vivaz - durante todo o filme. A história se inicia com a alegria do casamento de Nathalie e Francois (Audrey Tautou e Pio Marmaï, respectivamente) - história e alegria essas que são, prematuramente, interrompidas pela morte de François devido à gravidade de um atropelamento.


Pois muito bem: Nathalie mergulha numa depressão bastante compreensível - já que ela realmente amava o esposo e, desde a morte do homem, vive sozinha na casa do "ex"-casal. Depois de meses, ela retorna ao trabalho e, dessa vez, mergulha na produtividade. Determinada a esquecer a grande perda de sua vida, Nathalie torna-se, para os colegas, uma pessoa "fria, estranha e magnificamente profissional". A viúva ainda ganha uma ótima promoção de seu chefe - interpretado por Bruno Todeschini. Ele, alem de admirar o trabalho de Nathalie, admira-a muito como mulher - e a moça precisa lidar com diversas cantadas inoportunas de seu chefe que, além de inconveniente (apesar de charmoso, ~cof cof~) é casado há muito tempo.
3 anos depois, a melhor amiga de Nathalie, Sophie (Joséphine de Meaux) diz que já é hora da amiga viver um novo amor, pois a solidão só lhe tratá frustração e problemas. Nathalie nega a proposta, mas, depois, mostra-se tendenciosa à análise.
E é aí que a situação ganha um tom de graça: um belíssimo dia, Markus (François Demiens), empregado de Nathalie e diferente dos padrões aceitáveis ("feio", desengonçado, "sem graça" e esquisito), com quem ela nunca falou, aparece na sala da chefe pedindo ajuda num problema de trabalho. Nathalie, sabe-se lá Deus por quê, levanta de sua cadeira e tasca um beijo-sugador-de-pia em Markus. Depois, diz que conversam outra hora sobre o problema no caso 114 e dispensa o homem.
E aí, meus amigos, a história realmente começa e vocês precisam assistir para conhecê-la.
É um filme encantador, e passa diversas lições - dentre elas, a importância de não se mediar pela opinião dos outros, os conceitos relativos e errôneos de beleza e, principalmente, a maneira como o amor sempre pode estar mais perto do que imaginamos.
A atuação de Audrey Tautou é ótima (o que não me surpreende, depois de seu trabalho como Amélie em O fabuloso destino de Amélie Poulain), e (daí o nome do longa) a delicadeza de cada cena é linda.
Markus é uma personagem apaixonante, além disso. E o fato de sua imagem fugir dos padrões "atrativos" à maioria das mulheres só aumenta essa impressão.
Espero que assistam e comprovem! É uma tapa na cara da sociedade, que acha inaceitável o sentimento verdadeiro por pessoas que não lhe pareçam "bonitas", "adequadas" ou "ideais".
A seguir, o trailer do filme!


PS: Foi indicado, em 2012, ao César (prêmio cinematográfico francês) de melhor primeiro filme e melhor adaptação (de uma obra literária vencedora de dez prêmios, e escrita pelo próprio David Foenkinos).


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