terça-feira, 22 de julho de 2014

Angústias.

[Soundtrack do texto, galera! Aproveitem!]

O meu olhar já se desvanecia
por tua coragem que, muda, crescia
no amanhecer que a nuvem cobria,
à espreita de quem se atormentava.

E nosso sonho já não mais valia
quando minha dor, então, prevalecia.
E nossa noite se esqueceu do dia
em que adorar era tudo o que importava.

Seguimos, transbordando a euforia
dum acaso que, crescente, nos vencia.
Passado o tempo, todo o resto adormecia
na cama falsa, que a nós incomodava.

Desprezamos toda crise que pedia
por mais chances - suplicando poesias.
Mas a vontade, que, demais, se esvaía,
era o fim que aquela vida alimentava.

Encolhidos, suplantamos quem iria
abrir-se em flores; quem, por nós, aumentaria
a busca suave; busca da qual nos fugia
o amor real -
que, de nós, se afastava.

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