quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Imprevistos.



Fácil como olhar o céu.
É assim que esse tal
de encanto
vem.
E talvez fica,
e talvez vai,
mas sempre afeta.
Afeta a você,
instiga quem encanta,
maltrata terceiros.
É assim,
severo e cruel,
inevitável.

E quando você pensa em fugir,
há algo nas estrelas.
Há algo de doce
naquele azedo em comum.
Há algo nas músicas,
há algo nos olhos,
algo nas fotos,
algo nas possibilidades.
Ah, cara...

Possibilidades
encantam muito mais
que realidades.

E por ser tão inviável
se torna
recorrente.
Porque nós gostamos disso,
gostamos de não poder e,
ainda assim,
tentar.
Não dever e,
ainda assim,
fazer,
Não querer e,
ainda assim,
alimentar.
É como nós vivemos:
das surpresas
que nós mesmos
cogitamos.

E quando a estrela -
aquela, tal cadente -
se atrever a passar,
você pede:
"Por favor,
que seja possível".
Mas, cara...

Poderia ser até
impossível.
O impossível,
afinal,
só demora mais.
Mas acontece,
se,
ao invés de se atrever
a pedir a uma estrela,
se atrever
a realizar
o que lhe manda
a intuição.

"E as consequências,
ora?"

Fazem parte
dos riscos
assumidos
apenas
por você.

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