Há, no fogo, uma fagulha que centelha
e que move meio mundo de intenções;
ilusórias, melindrosas olarias
- desejadas, ansiadas tentações.
Há, queimando, um bom pão de cada dia
mais pecado que uma meia salvação;
horrorosas, insistentes epifanias
- mal montadas, ideais resoluções.
Há, na cinza, o corpo são que pronuncia
um rio inteiro de vontades e afeições;
programadas, planejadas as mentiras
que ocultam nossas tantas perdições.
Há, no intenso, um prazer que não perece,
e no suave o valor das más paixões;
denegridos ou erguidos pelos dias...
Inefáveis os gemidos:
vulcões.
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